Quem ainda se lembra do Max e do Xixa de frágil equilíbrio, garrafa de vinho na mão cirandando pela cidade?
O vinho umas vezes conseguiam-no nos cafés do mercado, nalguma das tabernas da cidade em troca de algum recado que faziam, de algumas parcas moedas que conseguiam e outras vezes "roubado".
Tanto um como outro tornaram-se figuras que marcaram a cidade, não havia cão nem gato que não os conhecesse.
Dormiam em qualquer casebre da cidade, dentro uma caixa de cartão ou mesmo na rua, por vezes o vinho dava porrada de repente e não dava para chegar ao hotel. Por ali ficavam embrulhados nos trapos rasgados e sujos que enxergavam na pele.
O Xixa sabia-se que era da Trindade e que era considerado pelos guarda-fios dos CTT exemplar na perfeição com que abria covas para implantar postes de telefone.
O Max sabia-se que não era de cá, percebia-se ser um homem que tinha uma certa cultura e que nos momentos de lucidez até desenhava e era provido de um sentido critico algo mordaz.
Eis o motivo porque Max doi convidado para autor dos textos deste blog e Xixa convidado para fotógrafo.
É por isso que o patrono da casa não se responsabiliza por algumas gralhas ou imperfeições dos textos e por haver fotos tortas e desfocadas.